Tired all over again

Já não suporto nada. Não tenho paciência para nada. Família, amigos, a mulher que muito possivelmente ainda amo.

Família. Uma família devia apoiar-nos, ajudar-nos nos piores momentos, não deviam fazer desses momentos maus ainda piores. Não deviam stressar-nos e julgarem-nos sem nos compreender.

Amigos. Mas que bela palavra. Acho que alguém disse que os amigos estarão sempre lá quando precisarmos. Bem, eu não tenho nenhum, como acho que já tinha mencionado.

E amar. Porque é que ainda a amo? Porque é que só tão estúpido ao ponto de amar alguém que NUNCA amou-me e que ainda pensava no p*ta que pariu do ex que tratava-a mal e abaixo de cão?

Não aprendo. Eu não aprendo. Talvez seja por isso que agora não encontro motivação. Motivação para estudar, motivação para ser independente, motivação para viver.


NADA


Odeio-me por ser fraco. Odeio os outros por tornarem-me fraco. Odeio este mundo por ser fraco. Odeio odeio odeio odeio odeio odeio.

É a minha constante. É por isto que no fim, quando as pessoas me conhecerem, terão pena de mim. Porque a única constante na minha vida foi o meu ódio. Porque sempre odiei mais do que amei, ou sorri, ou chorei, ou lutei.

Foi o mundo à minha volta e as escolhas que fiz que levaram-me a este caminho.

Não consigo revoltar-me perante os meus pais porque tenho medo de me tirarem tudo e odeio-me por isso. E esse medo e ódio ficam presos dentro de mim. Não consigo impor-me perante os outros porque tenho medo que passem a não gostar de mim e odeio-me por importar-me com gente assim, que não é minha amiga e vê-me apenas como um meio para um fim.

Eu odeio-me pelo que sou. Mas o que sou é um resultado das minhas escolhas, e daqueles à minha volta. Por isso a culpa é minha, mas também daqueles que estiveram a minha volta.

Só quero desaparecer... não voltar a ver ninguém e não ter esta pressão de ter de agradar tudo e todos e o stress de trabalhar para isso.

Odeio-me... mas também odeio o resto do meu mundo.