segunda-feira, outubro 12, 2009

Honestidade traz Liberdade

Comigo assim foi. Parei de preocupar-me com o que os outros pensam se eu não disser o que gostam, e o melhor de tudo é que funciona espectacularmente. Dizer o que penso sem ter de pensar nas consequências é libertador.

Durante anos tive sempre cuidado para não dizer coisas "más" às pessoas. Coisas que eu achava que eram erradas e não deviam ser assim, mas sempre preocupava-me se as pessoas iam gostar de mim depois de eu dizer.

Oh estava enganado. Isto, para além de libertador, é incrivelmente útil. Quem realmente gosta de mim, quem é realmente meu amigo, ouve o que tenho para dizer, ouve a minha opinião verdadeira, honesta, e discute comigo o que acha que está certo ou errado. Não começam aos berros como adolescentes com desequilíbrios hormonais com fetiche de homens pálidos e brilhantes.

Devo dizer que o meu primeiro alvo já me estava a chatear à algum tempo. Isto porque como amigo (ai como me arrependo de o ter sido) preocupava-me com ela e com as escolhas de vida dela; mas ao mesmo tempo não fazia nada para ajuda-la.

Vários dos nossos amigos comuns já me tinham avisado que não valia a pena, que já tinham tentado eles, que ela não ouvia, etc. Então eu decidi ser diferente. Eles todos foram devagar e com gentileza. Eu entrei a matar. E soube tããããão bem.

E porque? Bem, porque comecei a ver para além das mentiras, e vi que, por toda a confiança e apoio que lhe dei, ela usava-me. Isto claro quando lhe dava jeito, quando não dava jeito, entravam as mentiras (algumas que até diverti-me a caçar).

Já sei já sei, ultimamente não tenho dito coisas boas das mulheres (isso ou não me lembro, escrever isto com uma amigdalite em cima e 2 pares de horas de sono é interessante) mas hey!!

O que fazer quando elas dão provas atrás de provas que são umas belas cabras manipuladoras. Ah Nelson devia ter-te ouvido à primeira. HAIL THE NECROWIZARD!!

Estou a divagar. Voltando ao assunto principal, bem, acho que até fui gentil. Podia ter-lhe atacado a auto-estima mais a fundo, podia referir o estado que vai ficar enquanto continuar no alcoolismo para afogar os problemas, referir a forma física dela. Mas se tivesse feito isso, não estava a ser apenas honesto, também estaria a ser mau e brutal. O que quanto mais penso nisso mais acho que devia ter feito, falando aqui (como sempre) francamente. Mas não, apenas referi o estado da vida dela, ao ponto que ela deixou chegar por causa da incapacidade dela lidar com a realidade (alcoolismo não é um sinal tipo transito, é uma placa iluminada com neons e fogo de artificio), o facto de ela estar presa a uma relação abusiva e não querer lidar com isso graças à auto-estima (falta dela). No final disse que isto não era só a minha opinião, mas a de várias pessoas perto dela que tinham desistido de lhe mostrar a verdade.

E a resposta dela... admito entreteve-me. Para uma mulher de 20 e poucos anos ela comportou-se tal como referido acima, uma adolescente, mais conhecida por "pita".

Começou a dizer que:

não mando nela (obviamente, senão não tavas onde tás),

está farta de levar com as minhas frustrações em cima (Só as que tenho contigo, se levasses com tudo ficavas a espumar da boca num canto qualquer),

por muito que eu goste dela que ela apenas me vê como amigo (nem isso eu te vejo, e francamente, para andar contigo, tinhas de perder uns quilos, mandar metade dos piercings para o caraças e parar de beber como se não houvesse amanha),

não tenho direito de meter-me na vida dela (é difícil fazer isso quando o resto conta da tua vida)

não posso insultar o namorado dela (por favor, eu insulto o presidente e o primeiro ministro, e agora o teu chulo que leva-te dinheiro e comida e ainda obriga-te a ires ter com ele ao Barreiro, esse está imune aos meus insultos? Ah entendo é aquela coisa de quereres ajudar quem quiseres. Então com licença, ali o Bush precisa de ajuda a justificar umas coisas que fez)

e finalmente que tenho de a respeitar (Ola, mentes-me e usas-me, mas tenho de respeitar-te?)

Como eu fiz isto tudo porque queria tirar isto de dentro da minha cabeça, posso afirmar que fui egoísta e não fui compreensível com os sentimentos da Rita.

No entanto também tou farto dela e das parvoíces dela, e se da outra vez quando atirei-me à ex-namorada (que fisicamente... enfim, teve de ser) dum palhaço para que ele e a cambada de grunhos dos amigos dele deixassem-me em paz de vez, funcionou às mil maravilhas (já não ouvia isto há uns tempos), então espero agora repetir o mesmo sucesso.

Sim, para além de despejar tudo cá para fora, também tinha como objectivo mandar a Rita dar uma volta até ganhar juízo.

Tough Love, Honest Friend, como disse o meu tecnocrata.

Sou capaz de estar a esquecer-me de alguma coisa, mas que se lixe XD