Alpharius Omegon
O que faz um homem escolher secretismo, manipulação e decepção como armas, ferramentas para alcançar os seus objectivos?
Será uma escolha consciente, ou algo que sub-conscientemente vai acumulando-se até formar um homem maquiavélico, capaz de mentir e manipular para poder alcançar mais além?
Terei eu, como jovem, dado os primeiros passos nesse longo, árduo e vazio caminho?
Sim longo, pois não tenho intenções de desaparecer pela minha mão. Suicídio é a saida daqueles que desistem da luta.
Sim árduo, pois é preciso perícia e grande auto-controlo sobre eu próprio para poder mentir, manipular e ultimamente abandonar as muralhas morais que cercam a maioria da sociedade de hoje, sejam elas muralhas fortes e resistentes a corrupção, sejam muralhas fracas, só fogo de vista.
Sim vazio, pois devo aperceber-me que apenas com mentiras e manipulações é que continuarei rodeado de gente de interesse. Gente que possa ajudar-me sem o saberem, que eu possa manipular graças ás pequenas falhas nas suas personalidades. O mais pequeno buraco na parede duma barragem pode causar uma inundação devastadora.
Verdadeiros amigos? Não reconheço tal coisa, amizade é efémera, pela minha experiência de vida. É uma ferramenta, que é usada sub-conscientemente por alguns que consoante a personalidade pode variar entre abusos verbais a abusos materiais.
Eu tenciono utiliza-la conscientemente, saber que estou a utiliza-la para meu proveito, manipulando o "amigo" para conseguir aquilo que quero. E fazer com que não suspeite da minha verdadeira natureza. E quando for necessário, manipula-los para serem eles a abandonarem-me, para quando eu não quiser mais nada com eles, eles não perseguirem-me com ideais de "amizade".
Verdadeiro amor? AMOR?! Como vejo essa emoção cada vez mais como um obstáculo. Será possivel que eu ame? Sim, pois essa capacidade é inerente ao ser humano. Tal como o ódio. Mas eu agora realizo que anteriormente eu sub-conscientemente sabotava as minhas relações amorosas. Talvez por medo, medo de ser magoado, de magoar alguém que não mereça. Ultimamente, talvez porque é um campo desconhecido, e eu não gosto de meter-me no desconhecido, de posicionar-me em situações em que eu não possa controla-las, parcialmente ou na sua totalidade. Não, não na sua totalidade. Controlo total é como a utopia: Ilusões. Deixar-me levar por esses ideais é enganar-me a mim mesmo, e não tenho o luxo, tempo ou recursos para deixar que tal aconteça.
Ao fazer uma introspecção, deduzo que durante a fase da adolescência, aquela que molda-nos para o resto da vida, segundo dizem, eu odiei, menti e manipulei. Eu hoje vejo que o ódio foi desperdiçado. O ódio deve ser canalizado e armazenado, utilizado, não como emoção mas como combustível. O ser humano é um ser emotivo. E essa é uma das nossas maiores fraquezas, senão mesmo a maior. Emoções devem ser maioritariamente descartadas, bloqueadas, pois apenas oferecem-me obstáculos. Alegria baixa-nos as defesas; amor e compaixão tornam-nos fracos; compreensão torna-nos cegos ás ameaças que nos rodeiam; até o ódio e a raiva, mal controlados, podem desconcentrar-nos do objectivo principal e fazer-nos precipitar irracionalmente.
Vós perguntais: "Mas tu também és humano, tu também sentes essas emoções! Ou renuncias aquilo que és, aquilo que os teus pais, que a tua família te ensinou, te educou para seres?"
Eu já não sou humano. Humano implica preocupar-me, implica sentir pena, amor, carinho, orgulho, amizade, sentir por simplesmente sentir; ter valores morais, sejam eles fracos ou fortes; conviver com outros pelo prazer do contacto humano, sem interesses ou planos a modificarem a conversa. No meu corpo, eu sou humano, e não viverei para alterar esse facto. Na minha mente, eu não sou humano, sou algo mais...
Será uma escolha consciente, ou algo que sub-conscientemente vai acumulando-se até formar um homem maquiavélico, capaz de mentir e manipular para poder alcançar mais além?
Terei eu, como jovem, dado os primeiros passos nesse longo, árduo e vazio caminho?
Sim longo, pois não tenho intenções de desaparecer pela minha mão. Suicídio é a saida daqueles que desistem da luta.
Sim árduo, pois é preciso perícia e grande auto-controlo sobre eu próprio para poder mentir, manipular e ultimamente abandonar as muralhas morais que cercam a maioria da sociedade de hoje, sejam elas muralhas fortes e resistentes a corrupção, sejam muralhas fracas, só fogo de vista.
Sim vazio, pois devo aperceber-me que apenas com mentiras e manipulações é que continuarei rodeado de gente de interesse. Gente que possa ajudar-me sem o saberem, que eu possa manipular graças ás pequenas falhas nas suas personalidades. O mais pequeno buraco na parede duma barragem pode causar uma inundação devastadora.
Verdadeiros amigos? Não reconheço tal coisa, amizade é efémera, pela minha experiência de vida. É uma ferramenta, que é usada sub-conscientemente por alguns que consoante a personalidade pode variar entre abusos verbais a abusos materiais.
Eu tenciono utiliza-la conscientemente, saber que estou a utiliza-la para meu proveito, manipulando o "amigo" para conseguir aquilo que quero. E fazer com que não suspeite da minha verdadeira natureza. E quando for necessário, manipula-los para serem eles a abandonarem-me, para quando eu não quiser mais nada com eles, eles não perseguirem-me com ideais de "amizade".
Verdadeiro amor? AMOR?! Como vejo essa emoção cada vez mais como um obstáculo. Será possivel que eu ame? Sim, pois essa capacidade é inerente ao ser humano. Tal como o ódio. Mas eu agora realizo que anteriormente eu sub-conscientemente sabotava as minhas relações amorosas. Talvez por medo, medo de ser magoado, de magoar alguém que não mereça. Ultimamente, talvez porque é um campo desconhecido, e eu não gosto de meter-me no desconhecido, de posicionar-me em situações em que eu não possa controla-las, parcialmente ou na sua totalidade. Não, não na sua totalidade. Controlo total é como a utopia: Ilusões. Deixar-me levar por esses ideais é enganar-me a mim mesmo, e não tenho o luxo, tempo ou recursos para deixar que tal aconteça.
Ao fazer uma introspecção, deduzo que durante a fase da adolescência, aquela que molda-nos para o resto da vida, segundo dizem, eu odiei, menti e manipulei. Eu hoje vejo que o ódio foi desperdiçado. O ódio deve ser canalizado e armazenado, utilizado, não como emoção mas como combustível. O ser humano é um ser emotivo. E essa é uma das nossas maiores fraquezas, senão mesmo a maior. Emoções devem ser maioritariamente descartadas, bloqueadas, pois apenas oferecem-me obstáculos. Alegria baixa-nos as defesas; amor e compaixão tornam-nos fracos; compreensão torna-nos cegos ás ameaças que nos rodeiam; até o ódio e a raiva, mal controlados, podem desconcentrar-nos do objectivo principal e fazer-nos precipitar irracionalmente.
Vós perguntais: "Mas tu também és humano, tu também sentes essas emoções! Ou renuncias aquilo que és, aquilo que os teus pais, que a tua família te ensinou, te educou para seres?"
Eu já não sou humano. Humano implica preocupar-me, implica sentir pena, amor, carinho, orgulho, amizade, sentir por simplesmente sentir; ter valores morais, sejam eles fracos ou fortes; conviver com outros pelo prazer do contacto humano, sem interesses ou planos a modificarem a conversa. No meu corpo, eu sou humano, e não viverei para alterar esse facto. Na minha mente, eu não sou humano, sou algo mais...
Eu sou Alpharius...
posted by Turain at 5:29 da tarde
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