sábado, novembro 22, 2008

Amar... amar?

Todos queremos amar. É quem e o que amamos que nos define.

E como todas as coisas, o amor por vezes é respondido à primeira, por vezes nunca é correspondido, por vezes nunca é declarado, por vezes é abusado por quem não o merece.

O amor pode elevar-nos, pode destruir-nos. Ele cega-nos, faz-nos ver a perfeição onde ela não existe, ver anjos onde podem estar apenas pessoas, ou pior demónios.

E no fim, pois há sempre um fim, ele cria um vazio no espaço onde tínhamos o coração, um vazio rodeado por magoa, sofrimento e dor. Enfraquece-nos. Por vezes até humilha-nos.

O amor é uma "droga", e a "ressaca" é emocionalmente dilacerante. É por tal acontecer que aqueles que sofrem muito com o amor decidem abandona-lo, pois receiam a "ressaca", não querem voltar a sentir tanta dor.

São essas pobres almas, cicatrizadas pelos horrores de sentirem-se abandonados e sós e emocionalmente frágeis e vulneráveis, que fecham-se a sentimentos como o amor, para nunca mais abrirem-se com ninguém, escolhendo a solidão e exclusão social. Tudo por medo.

Amor, ódio, medo, esperança. Os 4 mais poderosos sentimentos, cada um a orientar-nos como uma bússola.

Conseguiremos seguir apenas numa direcção?

Conseguimos. Mas qualquer uma delas cega-nos para o que está à nossa volta.