quinta-feira, dezembro 31, 2009

Monotonia e Dois Mil e Dez

Hum... Começo a estabelecer uma relação entre o meu presente estado emocional e a entropia a que chegaram as minhas energias.

Demasiado tempo nas mãos sem fazer nada. A energia que acumulo começa a dispersar-se lentamente, mas deixando-me num estado... estranho.

Para tal sem duvida que vou voltar ao ginásio. Não me lembro de sentir-me assim quando andava lá. Muito pelo contrário, podia acabar de vir do ginásio, estar (obviamente) fisicamente cansado, mas mentalmente sentia-me renovado, como se através do esforço físico a minha mente ficasse mais solta, mais livre.

Querem chamar-lhe uma resolução de ano novo? Chamem-lhe. Eu não. Isto não é daquelas coisas que eu posso dizer que faço e depois esqueço-me. Sim porque admitamos, quantas resoluções tomamos que levamos ao fim? Ou que duram o ano todo?

Não, isto é uma medida de saúde. Física e mental. É algo necessário para a continuidade da minha existência nesta bola de lama.

Enfim... Mais um numero, como dizia o Joe lá da escola. Espero que quem tenha esperança que o próximo ano seja melhor que este não acabe com a esperança destruída e ficar desiludido.

Que pessimismo, eu sei eu sei. Sim tenho a minha família, que não consigo confiar e não consigo relacionar-me; tenho a minha saúde, que nestes últimos meses têm se degradado a nível físico e mental; tenho os meus amigos, muitos dos quais não sei se posso mesmo chama-los de amigos e muitos mais ainda não tenho confiança nenhuma e muito poucos com quem tenho alguma confiança.

Será que sou realista demais, auto-consciente do que sou, faço e me rodeia?



PS: Quanto mais ouço o novo album de Rammstein, mais estou a adorar aquilo. Vão ver o novo videoclip deles aqui

terça-feira, dezembro 22, 2009

Mais um ciclo a finalizar...

Pois. Belo ano este. Coisas boas, coisas más. Tanto individualmente como mundialmente.

E o Natal. Esta "bela" época de paz e solidariedade, onde famílias se juntam na noite de véspera de Natal, à espera da meia-noite para abrir os presentes, com sorrisos na cara.

Tretas

É a época em que temos de aturar aqueles familiares chatos com quem não falamos mais do que um par de vezes por ano (e com alguma razão até, se calhar), de termos de levar com prendas que não dão jeito nenhum mas que são dadas de boa intenção. Maior parte das vezes. (e de boas intenções está o Inferno cheio)

E deixem-me ser franco. Desde a minha última consulta psiquiátrica (Uh-oh, ele anda num psiquiatra, é melhor afastar-me) que sinto-me muito mais leve. Até porque recebi confirmação dalgumas coisas. Entre elas:

1- A minha ex era e é doida. (O Dr não precisou de quebrar confidencialidades, bastou olhar para a cara dele quando disse o nome dela)

2- Não há problema em não me sentir mal do que disse em relação à alcoólica. (Hey, se falei a verdade, deverei sentir-me mal por isso? Não? Então estamos bem)

3- Não há mulher com estofo para aguentar-me, tanto pessoalmente como intelectualmente.

Ora deixem-me focar no ponto 3, porque os pontos 1 e 2 estão explicados. Isto deve-se ao facto que, após estar a falar com o Dr durante uma boa hora, eu contava-lhe sobre gostar de ir viver para Londres mas que também gostava de ir trabalhar para a Alemanha. Após isto ele interrompe-me e diz que realmente eu sou uma pessoa muito independente; "quero posso faço tenho", e que não sou do tipo de homem que assenta com alguém e ter filhos e família etc, porque caso eu estivesse numa relação com uma gaja e conseguisse ir trabalhar para a Alemanha, eu provavelmente não conseguiria convence-la a abandonar tudo cá e vir comigo.

E sim esse não é o problema, porque "se a amares cagas para a Alemanha e ficas".

O problema é que eu realmente cagava nela, se não conseguisse convence-la. O Dr disse-me isto, e no momento a primeira coisa que veio-me à cabeça era que ele tinha razão. Ou eu ia e satisfazia o meu desejo, ou ficava com a gaja mas sempre a pensar que não fiz o que queria por causa dela. E todos sabemos o que é que guardar rancor faz. E logo com um tipo como eu.

E ainda lá tentaram à pouco arranjar-me uma moça para ver se saia alguma coisa daqui, mas epa... não tentem-me arranjar alguém com a cabeça oca. Sim é loira gira e com uns seios grandes, mas porra corpo não é tudo.

Agora vejo muito bem isso. Agora sei muito melhor o que quero, e recuso a contentar-me por menos. Porquê?

Porque estaria a caminhar para o comodismo e a apatia. E ambos são as pontes para a estagnação. E tudo o que estagna, MORRE.

É uma lei universal. Tentar negar isto é como tentar negar o ar que os pulmões precisam para viver.

E acho que ainda tinha mais uma coisas a dizer, mas já é tarde, quero dormir, e já vieram falar comigo e lixaram-me a linha de pensamento.

Até a próxima.