De volta aqui
Devia usar isto (blog) mais vezes, era capaz de fazer-me bem desabafar aqui. Enfim...
Acordo já a sentir-me meio morto. Não há uma alma dentro deste corpo. Não há força a impulsionar para viver.
Não sei o que impede o meu corpo de simplesmente parar.
Ás vezes é o meu ódio acho eu. Ódio de mim mesmo por ser fraco e não mudar. Ódio por rodear-me de inúteis, falsos, interesseiros e não afastar-me deles. Mas o ódio eventualmente acaba. E quando acaba, resta apenas o vazio.
Não me lembro da ultima vez que fui elogiado pela minha família. Acho que muitos dos meus problemas vêem ou estão relacionados dali. Vivo num ambiente familiar emocionalmente e psicologicamente hostil. Logo não fico surpreendido ao estar tão desesperado por atenção, reconhecimento, conforto e afecto.
Eu tive, ou penso que tive, tudo isto na minha ultima relação. Em troca do meu amor, recebi o que tão desesperadamente necessitava. Claro que isto não durou muito, visto que eu apenas era necessário para aumentar a auto-confiança, e feito o serviço, foi "Hasta luego e vaya con Dios"
E agora? Agora parece que ela pegou-me alguma coisa "interessante" que me anda a fazer urinar sangue. Mas com a sorte que tenho não há-de ser nada fatal. Provavelmente nem tem nada a ver com ela. Deus proíba que algo aconteça que acabe o meu sofrimento ou atribua a culpa a outros.
Que patético tornei-me e que ódio isso que dá. Rodeei-me de tolos e usurpadores e ainda me espanto de estar sozinho.
Tento dar-me mais com os meus colegas, ao ponto de gastar dinheiro em rifas para um sorteio que não me interessa nada, só para poder "entrar" no circulo social deles.
E para quê?
Para sentir-me parte de algo?
De que vale a pena ser parte de um grupo se não posso ser eu mesmo dentro dele?
É simples. Não vale a pena.
Sempre valorizei muito a honestidade e confiança.
A primeira tem sido mais fácil de praticar. Que os outros se lixem com o que pensam de mim. Ao menos ao ser honesto comigo mesmo conheço-me a mim mesmo. Não que isso seja bom...
A segunda, duvido que algum dia consiga praticar completamente. Ao longo da minha limitada vida, a minha confiança foi traída e/ou abusada por familiares, por amigos ou aqueles a quem achava que podia chamar de amigos, a quem desabafei e confessei e usaram isso contra mim.
Quero ter a esperança que algum dia vou encontrar alguém que possa amar e confiar plenamente. Quero ter, mas não a tenho, porque não sou optimista. Sou realista.
Acho que neste momento, a pessoa em quem mais confio é o meu psiquiatra. Talvez porque sei que ele é obrigado por lei a manter sigilo, e isso dá-me alguma segurança.
Estou sozinho, porque não confio em mais ninguém e não conto com ninguém para oferecer-me uma mão de ajuda sem que eu a peça. E ás vezes mesmo que peça, é-me recusado, pelas pessoas que mais próximas devia ser de mim.
Não sei porque é que ainda estou vivo. Talvez tenha, algures dentro de mim, num canto escuro e longínquo, um ínfima esperança de sobreviver e ultrapassar isto e tornar-me mais forte.
Aquilo que não destrói-me, fortalece-me --- Friedrich Nietzsche
Acordo já a sentir-me meio morto. Não há uma alma dentro deste corpo. Não há força a impulsionar para viver.
Não sei o que impede o meu corpo de simplesmente parar.
Ás vezes é o meu ódio acho eu. Ódio de mim mesmo por ser fraco e não mudar. Ódio por rodear-me de inúteis, falsos, interesseiros e não afastar-me deles. Mas o ódio eventualmente acaba. E quando acaba, resta apenas o vazio.
Não me lembro da ultima vez que fui elogiado pela minha família. Acho que muitos dos meus problemas vêem ou estão relacionados dali. Vivo num ambiente familiar emocionalmente e psicologicamente hostil. Logo não fico surpreendido ao estar tão desesperado por atenção, reconhecimento, conforto e afecto.
Eu tive, ou penso que tive, tudo isto na minha ultima relação. Em troca do meu amor, recebi o que tão desesperadamente necessitava. Claro que isto não durou muito, visto que eu apenas era necessário para aumentar a auto-confiança, e feito o serviço, foi "Hasta luego e vaya con Dios"
E agora? Agora parece que ela pegou-me alguma coisa "interessante" que me anda a fazer urinar sangue. Mas com a sorte que tenho não há-de ser nada fatal. Provavelmente nem tem nada a ver com ela. Deus proíba que algo aconteça que acabe o meu sofrimento ou atribua a culpa a outros.
Que patético tornei-me e que ódio isso que dá. Rodeei-me de tolos e usurpadores e ainda me espanto de estar sozinho.
Tento dar-me mais com os meus colegas, ao ponto de gastar dinheiro em rifas para um sorteio que não me interessa nada, só para poder "entrar" no circulo social deles.
E para quê?
Para sentir-me parte de algo?
De que vale a pena ser parte de um grupo se não posso ser eu mesmo dentro dele?
É simples. Não vale a pena.
Sempre valorizei muito a honestidade e confiança.
A primeira tem sido mais fácil de praticar. Que os outros se lixem com o que pensam de mim. Ao menos ao ser honesto comigo mesmo conheço-me a mim mesmo. Não que isso seja bom...
A segunda, duvido que algum dia consiga praticar completamente. Ao longo da minha limitada vida, a minha confiança foi traída e/ou abusada por familiares, por amigos ou aqueles a quem achava que podia chamar de amigos, a quem desabafei e confessei e usaram isso contra mim.
Quero ter a esperança que algum dia vou encontrar alguém que possa amar e confiar plenamente. Quero ter, mas não a tenho, porque não sou optimista. Sou realista.
Acho que neste momento, a pessoa em quem mais confio é o meu psiquiatra. Talvez porque sei que ele é obrigado por lei a manter sigilo, e isso dá-me alguma segurança.
Estou sozinho, porque não confio em mais ninguém e não conto com ninguém para oferecer-me uma mão de ajuda sem que eu a peça. E ás vezes mesmo que peça, é-me recusado, pelas pessoas que mais próximas devia ser de mim.
Não sei porque é que ainda estou vivo. Talvez tenha, algures dentro de mim, num canto escuro e longínquo, um ínfima esperança de sobreviver e ultrapassar isto e tornar-me mais forte.
Aquilo que não destrói-me, fortalece-me --- Friedrich Nietzsche